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domingo, 14 de janeiro de 2018

%%% A natureza trabalha o tempo todo %%%

'Nós usamos a natureza porque ela é valiosa, mas a perdemos porque é de graça', lamenta economista 


A invisibilidade econômica da natureza é um grande problema, porque a natureza fornece muitas coisas valiosas. Um dos esforços que se tem hoje em dia é quantificar esse serviço e dar um valor, para se dar o devido valor.



De onde vem o ar que respiramos? A fertilidade do solo? A chuva? Os alimentos? Essas são algumas perguntas respondidas pelo Cidades e Soluções. A natureza trabalha o tempo todo, em silêncio, nos chamados serviços ambientais.


E é isso que estuda o economista indiano Pavan Shukhdev. Ele ajudou a ONU a desenvolver uma forma de calcular o valor dos serviços pela natureza, a Economia dos Ecossistemas e da Biodiversidade. Ele explica que a invisibilidade econômica da natureza é um grande problema, porque a natureza fornece muitas coisas valiosas, como ar limpo, água fresca, comida, combustíveis, fibras, etc. “Tudo isso vem, na maioria das vezes, de graça. As árvores não mandam faturas quando limpam o ar ou fornecem oxigênio. A maior parte desses serviços é gratuita, e isso é parte do problema. Nós usamos a natureza porque ela é valiosa, mas a perdemos porque é de graça”, diz.

O que os especialistas querem não é dar preço aos produtos ambientais para vendê-los, mas valorizá-los para protegê-los e evitar a atual escalada para a destruição. “Outro exemplo do que a natureza fornece é a fábrica da floresta tropical, como a Floresta Amazônica. Se perdermos isso estaríamos sacrificando uma economia em potencial, economia agrícola, que gera US$ 240 bilhões por ano”, explica.

“Um dos esforços que se tem hoje em dia é justamente quantificar esse serviço e dar um valor, para que você possa dar o devido valor ao serviço prestado pela floresta. Muitas pessoas desconhecem esses serviços porque eles não são visíveis, a gente não percebe no dia a dia”, afirma Paulo Maurício Lima de Alencar, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa).
Fonte-Edição do dia 05/07/2012

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